Corrientes/Chapecó - 870 km

Ufaaa! Conseguimos chegar em Chapecó. A minha (do Titi, a XT660) moto começou a falhar muito no dia de ontem e pensávamos que nem chegaríamos em Corrientes, assim como não tínhamos certeza se conseguiríamos sair dali. Hoje de manhã, após o café, arrumamos tudo e fomos buscar as motos no estacionamento, mas antes verifiquei se não havia nada obstruindo a entrada de ar ou se o filtra de ar estava muito sujo, mas tudo estava ok. Estávamos desconfiando de que o problema era devido a alguma gasolina adulterada que pegamos no caminho. Teríamos que tentar seguir viagem e torcer para a minha moto aguentar a longa viagem do dia.
Saímos mais ou menos às 10 hs, com minha moto andando em soluços, e seguimos a avenida costaneira com vista para o grandioso Rio Paraná, que estava bem cheio por sinal. Saindo da cidade, pegamos a estrada que sobe paralela ao Rio Paraná, embora sem vê-lo, em direção a Pousadas. Embora a previsão do tempo era de chuva e trovoadas, pegamos um início de viagem de tempo nublado, que foi melhorando ao longo do dia, tornando a viagem mais agradável (sem chuva e sem tanto calor).
Como a minha moto engasgava menos em alta (alta rotação do motor), era necessário andar em um ritmo maior, o que fez a viagem render, pois mantínhamos 130 km/h em estradas de muitas retas e com pouco tráfego.
Após Posadas a estrada começa a ficar, aos poucos, mais sinuosa e ondulada, até o trecho que liga a cidade de Eldorado à fronteira, em Dionísio Cerqueira, quando pegamos um trecho com muitas curvas, foram 130km bem divertidos e que deu até para arredondar um pouco do pneu que já estava ficando quadrado de tantas retas.
Chegando em Dionísio, na verdade ainda era do lado argentino, cidade de Bernardo de Irigoyen, aproveitamos para o último abastecimento com gasolina barata e gastar o resto dos pesos com produtos de higiene pessoal, comidas e Wiskey.
Quando entramos no Brasil, fomos acompanhados de um belíssimo por do sol até quase chegarmos a São Miguel d'Oeste. Seguimos para Chapecó já de noite e bastante cansados. Mas chegamos sãos e salvos após 870 km e 12 horas de viagem.
Que bom estar em casa, ainda mais depois de viajar com a dúvida de que a minha moto aguentaria.
Bem, estou aqui deitado na minha cama, escrevendo a minha última postagem no blog, enquanto escuto o ronco do Edson e/ou do Luiz no quarto ao lado. Dois grandes companheiros de uma grande aventura, pois embora a viagem não tenha seguido todo o seu roteiro original, assistimos o Rally Dakar de camarote em Fiambalá, passamos um Reveillon sensacional em Buenos Aires e conseguimos retornar para (minha) casa com a minha moto falhando e o Edson com a sua dor nas costas. Amanhã, os dois seguem viagem para Floripa e eu fico em Chapecó para arrumar a moto e, assim que ficar pronta, seguir também para floripa.